Para além da linguagem não verbal

á pesquisas que apontam que 70% das mensagens são visuais, ou seja, comunicamos muito mais através dos gestos e do corpo que através do conteúdo das palavras.


Muitos são os textos e literaturas sobre como o corpo fala, e nesse sentido temos aprendido muito nos últimos anos.


Quando olhamos para a arte, ah, o cinema, o teatro, a dança, as artes plásticas, a música...Meu Deus como o homem busca ardentemente se comunicar...existe uma grande sensibilidade em todos os seres humanos, e uma percepção bastante refinada e sofisticada. Infelizmente não possuímos um domínio cerebral suficiente para decodificar todas as mensagens que captamos. Afinal, usamos apenas uma pequena parte da nossa capacidade cerebral.


Nos treinamentos que venho ministrado ao longo dos últimos 3 anos, os participantes possuem várias dúvidas e necessidades de esclarecimentos em relação a vários aspectos, e um dos principais está relacionado a postura corporal.


Existem muitos mitos sobre qual seria a postura ideal, ou a mas indicada. Eu sempre recomendo aos participantes que pensem em seu corpo como um todo, e procurem sair dos esteriótipos.


Assim, muitos acreditam que cruzar os braços significa que a pessoa não está interessada ou está fechada para o mundo ou para a vida, conseqüentemente para a palestra , ou reunião. Isso pode ser verdade, mas existem outros fatores que merecem atenção e análise.


Por exemplo, quando observamos o Pensador de Rodin, a figura está um pouco encurvada, com a mão no queixo e com o cutuvelo apoiado no joelho. É um modelo clássico de uma pessoa pensando, mas também podemos atribuir a essa estátua outras idéias, pensamentos e percepções.


Muitas vezes uma pessoa pode estar com os braços cruzados, mas isso não significa que está fechada para o mundo, e sim que está refletindo, ou pensando em uma idéia, ou está mais introspectiva.


Assim, é preciso que nos guiemos além da linguagem não verbal, para entrarmos no reino da palavra que simboliza e esclarece nossas dúvidas.


Esse tema é de suma importância, pois muitos alunos e até palestrantes profissionais, podem se equivocar ao observarem a postura corporal de um ouvinte. Uma pessoa na platéia que está balançando as pernas, pode ser interpretada com alguém que não está aprovando a palestra, mas na verdade ao se verificar pode ser um tique nervoso, ou até a vontade de ir ao banheiro. Ou seja, essa pessoa está tensa com ela mesma, independente do tema ou do palestrante.